, MAÇONARIA MOSSOROENSE: abril 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

És Maçom? (uma fábula)


Contribuição enviada pelo Ir.'. Carlos A. Guimarães
e postada por mim Nnivaldo Oliveira M:.M: em 06 -04-2009



Só me lembrava daquela forte dor no peito. Como viera eu parar aqui? O ambiente me era familiar. Já estivera aqui, mas quando?

Caminhava sem rumo. Pessoas desconhecidas passavam por mim, contudo, não tinha coragem de abordá-las.

Mas espere, que grupo seria aquele reunido e de terno preto?

Lógico! Não estariam indo e vindo de um enterro; hoje em dia é tão comum pessoas irem ao velório de roupa preta. É claro! São Irmãos!.

Aproximei-me do grupo. Ao me verem chegar interromperam a conversa.

Discretamente executei o S.’. de A.’., obtendo resposta.

A alegria tomou conta de mim. Estava entre amigos.

Identifiquei-me. perguntei ansioso o que estava acontecendo comigo.

Responderam-me com muito cuidado e fraternalmente. Havia desencarnado.

Fiquei assustado; e a minha família, os meus amigos, como estavam?

- Estão bem, não se preocupe; no devido tempo você os verá, responderam.

Ainda assustado, indaguei do motivo de suas vestes.

Estamos nos encaminhando ao nosso Templo Maçônico – foi a resposta.

- Templo Maçônico? Vocês têm um?

- Sim, claro. Por que não?

Senti-me mais à vontade, afinal sou um Grande Inspetor Geral e com certeza receberei as honras devidas ao meu Gr.’..

Pedi para acompanhá-los, no que fui atendido.

Ao fim da pequena caminhada divisei o Templo. Confesso que fiquei abismado. Sua imponência era enorme.

As colunas do pórtico, majestosas. Nunca vira nada igual. Imaginei grupos de Irmãos conversando animadamente, porem em tom respeitoso.

O que parecia o líder do grupo, que me acompanhava, chamou um Irmão que estava adiante:

- Irmão Exp.’.! Acompanhai o Irmão recém chegado e com ele aguarde.

Não entendi bem, afinal, tendo mostrado meus documentos, esperava, no mínimo, uma recepção calorosa. Talvez estejam preparando uma surpresa à minha entrada; para um Gr.’. 33 não poderia se esperar nada diferente.

Verifiquei que os Irmãos formavam o cortejo para entrada no Templo. À distância não pude ouvir o que diziam, contudo, uma luminosidade esplendorosa cercou a todos.

De tanta emoção não conseguia dizer nada. O tempo passou... Não pude medir quanto.

A porta do Templo se entreabriu e o Irmão M.’. de CCer.’., encaminhando-se a mim, comunicou que seria recebido. Ajeitei o paletó, estufei o peito, verifiquei se minhas comendas não estavam desleixadas e caminhei com ele.

Tremia um pouco, mas quem não o faria em tal circunstância? Respirei fundo e adentrei ritualisticamente ao Templo.

Estranho... Esperava encontrar luxuosidade esplendorosa, muito ouro e riqueza.

Verifiquei, rapidamente, no entanto, uma simplicidade muito grande.

Uma luz brilhante, vindo não sei de onde, iluminava o ambiente.

Cumprimentei o V.’. M.’. e os VVig.’. na forma usual. Ninguém se levantou à minha entrada. Mantinham-se calados, respeitosos.

Não sabia o que fazer. Aguardava ordens ... e elas vieram na voz firme do V.’. M.’., que, na forma de costume, me perguntou se eu sou maçom.

Reconhecendo a necessidade de tal formalidade em tais circunstâncias, aceitei respondê-lo e o fiz, também pela forma de costume.

Aguardei, seguro, a pergunta seguinte. Em seu lugar o V.’. M.’. dirigindo-se aos presentes, perguntou:

- Os IIr.’., aqui presentes, o reconhecem como Maçom?

Assustei-me. O que era isso? Por que tal pergunta?

O silêncio foi total.

Dirigindo-se a mim, o V.’. emendou:

- Meu caro Ir.’. visitante, os IIr.’. aqui presentes não o reconhecem como Maçom.

- Como não?! Disse eu. Não vêm as minhas insígnias? Não verificaram os meus documentos?

Sim, caro Ir.’., retrucou solenemente o V.’. M.’.. Contudo, não basta ter ingressado na Ordem, ter diplomas ou insígnias para ser um Maçom. É preciso, antes de tudo, ter construído o “seu Templo” e verificamos que tal não ocorreu com o Ir.’.. Observamos, ainda, que apesar de ter tido todas as oportunidades de estudo e de ter galgado ao mais alto dos GGr.’., não absorveu seus ensinamentos. Sua passagem pela Arte Real foi efêmera.

Não pude agüentar. Retruquei:

- Como efêmera? Vocês que tudo sabem não observaram minhas atitudes fraternas?

Fui interrompido.

- IIr.’., vejamos então sua defesa...

Automaticamente desenhou-se na parede algo parecido com uma tela imensa de televisão e, na imagem, reconheci-me junto a um grupo de IIr.’. tecendo comentários desairosos contra a administração de minha Loja. Era verdade.

Envergonhei-me. Tentei justificar, mas não encontrava argumentos. Lembrei-me, então, de minhas ações beneficentes. Indaguei-os sobre tal.

E mudando a imagem como se trocassem de canal, vi-me colocando a mão vazia no Tr.’. de B.’.. Era fato e, costumeiramente, o fazia, por achar que o óbolo não seria bem usado...

Por não ter o que argumentar; calei-me e lágrimas de remorso brotaram-me nos olhos. Iniciei a retirar-me, cabisbaixo e estanquei ao ouvir a voz autoritária e, ao mesmo tempo, fraterna do V.’..

- Meu Ir.’., reconhecemos suas falhas quando no orbe terrestre e na Maçonaria. Contudo, reconhecemos, também, que o Ir.’. foi iniciado em nossos Augustos Mistérios. Prometemos, em suas iniciações, protegê-lo, e o faremos. O Ir.’. terá a oportunidade de consertar seus erros. Afinal, todos nós aqui presentes já os cometemos um dia. Descanse neste plano o tempo necessário e, ao voltar à matéria, para novas experiências, nós o encaminharemos para a Ordem Maçônica. Sua nova caminhada, com certeza, será mais promissora e útil.

Saí decepcionado, mas estranhamente aliviado.

Aquelas palavras parecem ter me tirado um grande peso. Com certeza, ali eu desbastara um pedaço de minha P.’. B.’..

Acordei, sobressaltado e suando. Meu coração, disparado. Levantei-me assustado, mas com certa alegria no peito. Havia sonhado!!

Dirigi-me ao guarda-roupas. Meu terno ali estava.

Instintivamente retirei do paletó as medalhas e insígnias e as guardei em uma caixa.
Ainda emocionado, e com os olhos molhados de lágrimas, dirigi-me à minha mesa e com as mãos trêmulas e cheio de uma alegria enleante, retirei o Ritual de Ap.’. Maç.’..

sábado, 4 de abril de 2009

O verdadeiro sentido da Páscoa




Para entendermos a Páscoa cristã, vamos, sinteticamente, buscar sua origem na festa judaica de mesmo nome. O ritual da Páscoa judaica é apresentado no livro do Êxodo (Ex 12.1-28). Por essa festa, a mais importante do calendário judaico, o povo celebra o fato histórico de sua libertação da escravidão do Egito acontecido há 3.275 anos, cujo protagonista principal desse evento foi Moisés no comando de seu povo pelo mar vermelho e deserto do Sinai.
O evento ÊXODO/SINAI compreende a libertação do Egito, a caminhada pelo deserto e a aliança no monte Sinai (sintetizado nos dez mandamentos dado a Moisés). De evento histórico se torna evento de fé. A passagem do mar vermelho foi lembrada como Páscoa e ficou como um marco na história do povo hebreu. Nos anos seguintes ela sempre foi comemorada com um rito todo particular.
Todo ano, na noite de lua cheia de primavera, os hebreus celebravam a Páscoa, com o sacrifício de cordeiro e o uso dos pães ázimos (sem fermentos), conforme a ordem recebida por Moisés (Ex 12.21.26-27; Dt 12.42). Era uma vigília para lembrar a saída do Egito (forma pela qual tal fato era passado de geração em geração – Ex 12.42; 13.2-8).
Essa celebração ganhou também dimensão futura com o passar do tempo. E quando novamente dominados por estrangeiros, celebravam a Páscoa lembrando o passado, mas pensando no futuro, com esperança de uma nova libertação, última e definitiva, quando toda escravidão seria vencida, e haveria o começo de um mundo novo há muito tempo prometido.
A celebração da Páscoa reunia três realidades distintas:

uma realidade do passado: o acontecimento histórico da libertação do Egito quando Israel tornou-se o povo de Deus;


uma realidade do presente: a memória ritual (=celebração) do fato passado levava o israelita a ter consciência de ser um ‘libertado’ de Javé (=Deus), não somente os antepassados, mas o sujeito de hoje (Dt 5.4);


uma realidade futura: a libertação do Egito era símbolo de uma futura e definitiva libertação do povo de toda a escravidão. Libertação esta que seria a nova Páscoa, marcando o fim de uma situação de pecado e o começo de uma nova era.

Jesus oferecendo seu corpo e sangue assume o duplo sentido da páscoa judaica: sentido de libertação e de aliança. E ao celebrar a Páscoa (Mt 26,1-2.17-20), Ele institui a NOVA PÁSCOA, a Páscoa da libertação total do mal, do pecado e da morte numa aliança de amor de Deus com a humanidade.
A nova Páscoa não era uma libertação política do poder dos romanos, como os judeus esperavam. Poucos entenderam que o Reino de Deus transcende o aspecto político, histórico e geográfico.
Hoje, ao celebrarmos a Páscoa, não o fazemos com sacrifício do cordeiro e alimentando-nos com pães sem fermento, pois Cristo se deu em sacrifício uma vez por todas (Jo 1.29; 1Cor 5.7; Ef 5.2; Hb 5.9), como cordeiro pascal, como prova e para nos libertar de tudo aquilo que nos oprime.


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A MAÇÔNARIA CONTINUA FAZENDO HISTÓRIA

NILO PEÇANHA
JOSÉ BONIFACIO

DEODORO DA FONSECA


DUQUE DE CAXIAS



DOM PEDRO I













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Maçonaria no Brasil


A primeira notícia certa acerca da Maçonaria propriamente dita no Brasil é fornecida pelo manifesto que José Bonifácio dirigiu em 1832 aos Maçons de todo o mundo, comunicando que, em 1801, fora instalada a primeira Loja Simbólica Regular, debaixo do título "Reunião" e filiada ao Grande Oriente da França, tendo adotado o Rito Moderno ou Francês, professadamente laico e materialista, que baniu a Bíblia de suas cerimônias e não invoca o Supremo Arquiteto do Universo. No ano seguinte, em 1802, encontramos na Bahia a loja "Virtude e Razão", funcionando também no mesmo Rito Francês. Escreve por isso o Maçom Adelino de Figueiredo Lima: "A Maçonaria Brasileira é filha espiritual da Maçonaria Francesa. Da França veio o Rito Moderno com que o Grande Oriente atingiu a maioridade"(Nos Bastidores do Mistério, Rio, 1954, p.125). Quando o Grande Oriente de Portugal soube da existência, no Brasil, de uma Loja Regular e obediente ao Oriente francês enviou, em 1804, um delegado, a fim de garantir a adesão e a fidelidade dos Maçons brasileiros. Mas não foi feliz o delegado lusitano no modo como queria impor suas pretensões. Assim, resolveu deixar fundadas duas novas Lojas, submissas ao Oriente do Reino: eram as Lojas "Constância" e "Filantropia". Encontramos, pois, desde o início a semente da discórdia no seio da Maçonaria no Brasil. Outros desentendimentos sobrevieram, de maneira que, em 1806, estas duas Lojas deixaram de funcionar. Mais felizes foram as iniciativas na Bahia. A Loja "Virtude e Razão", fundada em 1802, constituiu outra em 1807, com o nome de "Humanidade" e mais uma em 1813, a "União". Completo assim o quadro mínimo de três Lojas, foi criado, no mesmo ano de 1813, o primeiro Grande Oriente. Mas devido à desastrosa Revolução pernambucana de 1817, este Oriente e suas Lojas "adormeceram". Em 1809 fundou-se outra Loja em Pernambuco, que, por sua vez, serviria de núcleo para outras três, sendo também estabelecida um Grande Loja Provincial. Mas, como tinham fins pronunciadamente políticos, tiveram de suspender, também em 1817, suas atividades. No Rio de Janeiro fez-se nova tentativa, com a fundação das Lojas "Distintivo" e "São João de Bragança". A primeira, no ano de 1812, em São Gonçalo na Praia Grande ou Niterói, e a segunda, no próprio Paço Real da Corte de D. João VI, mas sem conhecimento do Monarca. Estas duas Lojas também tiveram uma existência muito efêmera. Com a fundação da Loja "Comércio e Artes", em 1815, no Rio, à qual se filiaram numerosos Maçons da antiga Loja "União", iniciou-se uma era mais sólida para a Maçonaria no Brasil. Esta Loja existe ainda hoje, mas só conseguiu firmar-se definitivamente em 1821. Com efeito, em 1818, D. João VI proibiu "quaisquer sociedades secretas, de qualquer denominação". Mas a campanha da Independência do Brasil preservou a existência da Loja "Comércio e Artes".

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Os Segredos Perdidos da Maçonaria



Desde o primeiro contato com a Ordem sabemos que havia segredos originais que foram perdidos por circunstâncias dramáticas envolvendo a morte de um homem lendário – Hiram Abiff, construtor do Templo de Salomão – segredos que foram substituídos ou recriados em época bem remota. Os Autores, com a discrição necessária a uma Obra destinada ao grande público, apontam na direção certa a pesquisarmos. Viajando a 3 continentes (Europa, África e Ásia) os Autores investigam antigas construções, idiomas locais, bibliotecas e reminiscências em histórias populares encontrando explicações fascinantes a praticamente todas as expressões que usamos em Loja – e quem de nós não sentiu o desejo sincero de conhecer profundamente as origens do que dizemos nos Rituais, frequentemente recebendo a admoestação de que “compreenderíamos mais tarde”, o “mais tarde” vai chegando e os mistérios aumentam sem que expliquem os primeiros, etc? Pois os IIr.’. Knight e Lomas sentem esta pulsão e contam com a possibilidade de pesquisar in loco, trazendo-nos informações precisas e preenchendo esta lacuna.Detalhes da vida de Sequenenre Tao, rei egípcio do Alto Nilo em período tenso, quando o Baixo Nilo estava sob o controle dos hicsos, apontam na direção da origem exata do mito de Hiram Abiff, ficando como hipótese de trabalho altamente convincente a especulação se o patriarca Abraão seria também um nobre hicso. Muito do que se vê no interior da Loja Maçônica vem convincentemente explicado em A Chave de Hiram que, cautelosamente, apresenta fatos e dados históricos claramente delimitados das especulações dos Autores – abundam no livro expressões como “talvez”, “provavelmente”, “quase com toda a certeza”, etc. quando se envereda pelo caminho especulativo, mas estas especulações são robustecidas por documentos antigos, fotos e transliterações idiomáticas que realmente nos persuadem. Melhor que a leitura da Obra só mesmo uma visita aos sítios arqueológicos mencionados, de Ur, na Mesopotâmia (atualmente Iraque...) passando pelos monumentos e bibliotecas egípcias, Jerusalém e o Vaticano, chegando à Capela Rosslyn, na Escócia. Investigando de perto, com total isenção e sem estar sujeito a qualquer limitação dogmática apriorística, os Autores chegam a conclusões a um só tempo fascinantes e perturbadoras. Cito aqui apenas 7 dentre as muitas arroladas ao longo da Obra.

_ A vinda dos descendentes de Abraão (José e seus irmãos) ao Egito estaria no contexto das chamadas “invasões hicsas” àquele importante centro do Mundo Antigo.

_ A cerimônia de consagração do rei egípcio envolvia um ritual onde se encenava a sua morte e, na encenação de sua ressurreição, ele era erguido pelos sacerdotes que lhe murmuravam ao ouvido: Ma’at neb-men-aa, ma’at-ba-aa que, em egípcio antigo, traduz-se literalmente como “Grande é o Mestre de Ma’at. Grande é o Espírito de Ma’at” – Ma’at é a corporificação institucional da Verdade e da Justiça.

_ Estaria a vida e a morte trágica de Sequenenre Tao na origem do mito de Hiram Abiff? As marcas existentes em sua múmia, em exposição no Museu do Cairo e reproduzidas no livro, reforçam esta tese.

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

REUNIÕES REGULARES NO GRAU DE APRENDIZ

VISITE A LOJA AMÂNCIO DANTAS, TODA TERÇA FEIRA APARTIR DAS 19:30 HS NO COMPLEXO MAÇÔNICO JERÔNIMO ROSADO, O MAIS ESTAMOS EM E A ORDEM PARA RECEBE-LOS.

ACONTECEU COM UM NEÓFITO

Após a sessão de iniciação do irmão Manoel, o ágape estava tão festivo que durou até bem tarde da noite. Por isso, Neco, assim apelidado por sua esposa, quando chegou em casa o relógio marcava duas horas da madrugada.Numa espécie de código, quando Neco queria dormir até mais tarde, deixava um bilhete para a sua querida Solange.E foi o que fez antes de ir se deitar.Colocou-o no criado-mudo, junto com o embrulho que deviria conter um par de luvas, que o Venerável Mestre lhe entregara, com a recomendação de que deveria oferecer àquela que mais estima.Aconteceu, entretanto, que o irmão Arquiteto, encarregado de adquirir todos os itens para a sessão, foi às pressas para o bazar de armarinhos, e a moça encarregada do pacote confundiu-se, e entregou um embrulho contendo uma calcinha, ao invés de um par de luvas.O pacote estava tão bonitinho que ninguém ousou abri-lo.E assim estava escrito o bilhete do Neco:"Querida Solange: Passei por um cerimonial maravilhoso. Todos os irmãos são muito legais. Até pediram que lhe entregasse este presente. Eles sabem que você, assim como a maioria das mulheres, não tem mais o costume de usar, mas é um hábito antigo de assim presentear. Se não for do seu tamanho, não liga não. Será ainda melhor: os dedos ficarão mais à vontade. Beijos do seu Neco".

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Pronunciamento do Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Soberano Irmão Marcos José da Silva, em 26 de março de 2009.


Ir:. Marcos José da Silva
Quando a paixão política ameaça exaltar-se embora ainda estejam longe as refregas eleitorais, talvez seja oportuno o Grande Oriente do Brasil dirigir-se a seus Iniciados, lembrando o compromisso de estendermos e liberalizarmos os laços fraternais que nos unem “a todos os homens esparsos pela superfície da terra”. A inquebrantável e proverbial união dos maçons é produto da prática desinteressada da fraternidade em nossas colunas e em todos os escalões maçônicos, alcançando o mútuo relacionamento em sua totalidade. A fraternidade humana é a origem da Ordem, é sua finalidade maior e é o meio de sobrevivência da Organização século após século. O enfraquecimento do espírito fraterno leva diretamente á decadência da Loja ou do órgão maçônico em que se manifeste. O espírito de fraternidade garante a harmonia dos obreiros em torno do seu Venerável: a coesão das lojas em torno do seu Grão-Mestre, e a inabalável união dos Grão-Mestres em torno do Grão-Mestrado Geral. Só a harmonia, a coesão e a união dos maçons podem formar e manter,como têm mantido o bloco indissolúvel de homens valorosos, livres e dotados de alta moralidade, capazes de, congregados por um ideal, indicar o caminho a ser trilhado pela sociedade em busca de um mundo melhor. Inimiga do “sectarismo político, religioso e racial”, a Ordem Maçônica reconhece o amor fraternal como o óleo precioso que lubrifica toda a sua engrenagem, como o cimento que liga o coração dos Iniciados, mas também como a poderosa energia interna que a unifica com a Humanidade. É dever do Maçom, segundo a sua natureza pessoal, atuar no meio político, com responsabilidade própria, onde melhor lhe aprouver, sem envolver a Instituição, mas levar para o ambiente dos partidos os princípios que ornamentam a estrada da Arte Real e sua nobre maneira de agir, independentemente de siglas, de correntes e de convicções políticas.
Marcos José da Silva
Grão-Mestre Geral

quarta-feira, 1 de abril de 2009

MOSSORÓ inaugura 1ª Loja do rito Adonhiramita


Mossoró, faz grande festa ao abrir as portas de mais uma loja simbolica, A Loja 30 de Setembro. O Oriente de Mossoró, jurisdicionado ao Grande Oriente do Brasil – Rio Grande do Norte, inaugurou em sessão Magna solene, no sábado, 28 de março, a primeira Oficina da região a seguir o Rito Adonhiramita. A Loja 30 de setembro, foi inaugurada na presença de ilustres Irmãos, tais como: O Grão-Mestre do Estado, Eminente Irmão Luis Gongaza, seu Secretariado, o Grão-Mestre do GOB-PA, Eminente Irmão Waldemar Coelho e sua comitiva, o Grande Patriarca Regente Xaviere, dentre de outros.

GOB assina convênio educacional de ensino superior


Para saber mais sobre esse benefício e ver a lista de todos os estabelecimentos de ensino conveniados, clique aqui. é com imensa alegria que compartilhamos com todos vocês mais uma conquista do Grande Oriente do Brasil, por meio das Secretarias Gerais de Planejamento e de Educação e Cultura que beneficiará a Família Maçônica: os Convênios Educacionais GOB. Com essa parceria, os Irmãos e seus familiares passam a ter descontos nos diversos estabelecimentos de ensino superior conveniados. São mais de 72 universidades participantes. Dúvidas podem ser tratadas com o Irmão Cássio Borges, Secretário Geral Adjunto de Educação e Cultura do GOB, pelo telefone (13) 9757-5566 e/ou pelo e-mail cassio@gob.org.br Com essa conquista, mais um compromisso assumido durante as eleições maçônicas ao Grão-Mestrado do GOB é cumprido! Trabalharemos ainda mais, para que outros convênios e parcerias possam ser obtidos, promovendo o bem-estar e a satisfação para todos os maçons do Brasil e seus entes queridos.




Wagner Veneziani Costa

Secretário Geral de Planejamento do GOB

Assessoria de Comunicação do GOB.

Sec:. Geral de Comunicação e Informática

ARTIGO PUBLICADO NO DIÁRIO DE LISBOA EM 4 DE FEVEREIRO E 1935

Este é um trecho do artigo que Fernando Pessoa publicou no Diário de Lisboa, no 4.388 de 4 de fevereiro de 1935, contra o projeto de lei, do deputado José Cabral, proibindo o funcionamento das associações secretas, sejam quais forem os seus fins e organização.

A Maçonaria compõe-se de três elementos: o elemento iniciático, pelo qual é secreta; o elemento fraternal; e o elemento a que chamarei humano – isto é, o que resulta de ela ser composta por diversas espécies de homens, de diferentes graus de inteligência e cultura, e o que resulta de ela existir em muitos países, sujeita portanto a diversas circunstâncias de meio e de momento histórico, perante as quais, de país para país e de época para época reage, quanto à atitude social, diferentemente.

Nos primeiros dois elementos, onde reside essencialmente o espírito maçônico, a Ordem é a mesma sempre e em todo o mundo. No terceiro, a Maçonaria – como aliás qualquer instituição humana, secreta ou não – apresenta diferentes aspectos, conforme a mentalidade de Maçons individuais, e conforme circunstâncias de meio e momento histórico, de que ela não tem culpa.

Neste terceiro ponto de vista, toda a Maçonaria gira, porém, em torno de uma só idéia – a "tolerância"; isto é, o não impor a alguém dogma nenhum, deixando-o pensar como entender. Por isso a Maçonaria não tem uma doutrina. Tudo quanto se chama "doutrina maçônica" são opiniões individuais de Maçons, quer sobre a Ordem em si mesma, quer sobre as suas relações com o mundo profano. São divertidíssimas: vão desde o panteísmo naturalista de Oswald Wirth até ao misticismo cristão de Arthur Edward Waite, ambos tentando converter em doutrina o espírito da Ordem. As suas afirmações, porém, são simplesmente suas; a Maçonaria nada tem com elas. Ora o primeiro erro dos Antimaçons consiste em tentar definir o espírito maçônico em geral pelas afirmações de Maçons particulares, escolhidas ordinariamente com grande má fé.

O segundo erro dos Antimaçons consiste em não querer ver que a Maçonaria, unida espiritualmente, está materialmente dividida, como já expliquei. A sua ação social varia de país para país, de momento histórico para momento histórico, em função das circunstâncias do meio e da época, que afetam a Maçonaria como afetam toda a gente. A sua ação social varia, dentro do mesmo país, de Obediência para Obediência, onde houver mais que uma, em virtude de divergências doutrinárias – as que provocaram a formação dessas Obediências distintas, pois, a haver entre elas acordo em tudo, estariam unidas. Segue daqui que nenhum ato político ocasional de nenhuma Obediência pode ser levado à conta da Maçonaria em geral, ou até dessa Obediência particular, pois pode provir, como em geral provém, de circunstâncias políticas de momento, que a Maçonaria não criou.

Resulta de tudo isto que todas as campanhas antimaçônicas – baseadas nesta dupla confusão do particular com o geral e do ocasional com o permanente – estão absolutamente erradas, e que nada até hoje se provou em desabono da Maçonaria. Por esse critério – o de avaliar uma instituição pelos seus atos ocasionais porventura infelizes, ou um homem por seus lapsos ou erros ocasionais – que haveria neste mundo senão abominação? Quer o Sr. José Cabral que se avaliem os papas por Rodrigo Bórgia, assassino e incestuoso? Quer que se considere a Igreja de Roma perfeitamente definida em seu íntimo espírito pelas torturas dos Inquisidores (provenientes de um uso profano do tempo) ou pelos massacres dos albigenses e dos piemonteses? E contudo com muito mais razão se o poderia fazer, pois essas crueldades foram feitas com ordem ou com consentimento dos papas, obrigando assim, espiritualmente, a Igreja inteira.

Sejamos, ao menos, justos. Se debitamos à Maçonaria em geral todos aqueles casos particulares, ponhamos-lhe a crédito, em contrapartida, os benefícios que dela temos recebido em iguais condições. Beijem-lhe os jesuítas as mãos, por lhes ter sido dado acolhimento e liberdade na Prússia, no século dezoito – quando expulsos de toda a parte, os repudiava o próprio Papa – pelo Maçom Frederico II. Agradeçamos-lhe a vitória de Waterloo, pois que Wellinton e Blucher eram ambos Maçons. Sejamos-lhe gratos por ter sido ela quem criou a base onde veio a assentar a futura vitória dos Aliados – a "Entente Cordiale", obra do Maçom Eduardo VII. Nem esqueçamos, finalmente, que devemos à Maçonaria a maior obra da literatura moderna – o "Fausto" do Maçom Goeth.

Acabei de vez. Deixe o Sr. José Cabral a Maçonaria aos Maçons e aos que, embora o não sejam, viram, ainda que noutro Templo, a mesma Luz. Deixe a Antimaçonaria àqueles Antimaçons que são os legítimos descendentes intelectuais do célebre pregador que descobriu que Herodes e Pilatos eram Vigilantes de uma Loja de Jerusalém.


TEXTO DE FERNADO PESSOA

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A Maçonaria não é uma sociedade secreta, no sentido como tal termo é geralmente empregado. Uma sociedade secreta é aquela que tem objetivos secretos e oculta a sua existência assim como as datas e locais de suas sessões. O objetivo e propósito da Maçonaria, suas leis, história e filosofia tem sido divulgados em livros que estão a venda em qualquer livraria. Os únicos segredos que a maçonaria conserva são as cerimônias empregadas na admissão de seus membros e os meios usados pelos Maçons para se conhecerem. A Maçonaria não é uma religião no sentido de ser uma seita, mas é um culto que une homens de bons costumes. A Maçonaria não promove nenhum dogma que deve ser aceito taticamente por todos, mas inculca nos homens a prática da virtude, não oferecendo panacéias para a redenção de pecados. Seu credo religioso consiste apenas em dois artigos de fé que não foram inventados por homens, mas que se encontram neles instintivamente desde os mais remotos tempos da história: A existência de Deus e a Imortalidade da Alma que tem como corolário a Irmandade dos Homens sob a Paternidade de Deus. A Maçonaria não é contra qualquer religião. Ela ensina e pratica a tolerância, defendendo o direito do homem praticar a religião ed seu agrado. A Maçonaria não dogmatiza as particularides do credo e da religião. Ela reconhece os benefícios e a bondade assim como a verdade de todas as religiões, combatendo, ao mesmo tempo, as suas inverdades e o fanatismo.

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